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Espaço de Convivência

Um lugar para brincar e conversar

Em 2024 surge a proposta de criarmos na CMS José Messias do Carmo um Espaço de Convivência,  projeto que é o carro-chefe da ONG desde seu início em 2001. Trata-se de um espaço de experimentação, brincadeiras e comunicação no qual acompanha-se o processo de formação das crianças, valorizando o brincar como atividade privilegiada e meio de expressão fundamental para o desenvolvimento psíquico e motor. Privilegia-se a circulação da palavra, o uso da fala como meio de socialização, com o intuito não só de tratar de conflitos, mas também aproximar os pais do universo infantil e estimular às crianças a verbalização de seus sofrimentos e angústias.


O Espaço de Convivência é um dispositivo de portas abertas, o que quer dizer que não há necessidade de inscrições prévia, desburocratizando e democratizando o acesso. As crianças chegam e permanecem no espaço junto com algum responsável / cuidador. Pode ser a mãe, o pai, uma tia, vizinho ou até um irmão mais velho. Há sempre uma equipe de pelo menos três profissionais disponíveis para a escuta e olhar atento, que se revezam a cada dia. O número de frequentadores é determinado apenas pelo espaço disponível.

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Na casa, não há atividades pré-programadas, tudo acontece na medida em que é sugerido pelos frequentadores. Conversas sobre dúvidas, problemas, conflitos entre crianças ou pais e os profissionais podem surgir a qualquer momento, em função de demandas trazidas e situações emergentes.


Conforme uma atmosfera de confiança com o trabalho vai se dando, é possível que as situações de brigas, confusões, assim como de afetos e desejos, passam a poder contar com o olhar e a intermediação da equipe que visa propiciar a que cada um dos participantes (tanto crianças quanto adultos) venham a se tornar cada vez mais agentes do trabalho e se apropriem do manejo de seus posicionamentos per si e nas relações que estabelecem intra ou inter familiares.

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Equipe da atividade

A equipe responsável pelo projeto em campo são três profissionais da Casa da Árvore e temos como premissa base que ela seja composta por pessoas diversas. Tal orientação surge a partir de uma percepção de romper com uma lógica colonial que coloca apenas mulheres em lugares de cuidado e pessoas brancas em lugares de detentoras do conhecimento enquanto pessoas negras apenas no lugar de “beneficiárias”. A lógica que visamos propor aqui é pautada em uma horizontalidade de poderes e saberes, que, para nós,  é inviável surgir com outra composição de equipe.

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